O Troféu Finlândia 2018 decorreu na cidade de Espoo entre os dias 5 e 7 de Outubro.
Esta competição faz parte do circuito Challenger Series da temporada 2018/2019.
Categoria de Homens
Na categoria masculina esperava-se um duelo entre os russos Mikhail Kolyada e Dmitri Aliev. Mikhail já venceu o Troféu Ondrej Nepela esta temporada e Dmitri encantou no Troféu Lombardia, onde conquistou a medalha de prata. Nesta competição Mikhail impôs-se categoricamente não só sobre Dmitri mas também perante toda a concorrência.
Mikhail cometeu alguns erros tanto no programa curto como no livre mas a sua prestação foi suficiente para deixar os outros patinadores a uma distância pontual significativa. O patinador russo disse à imprensa que não estava satisfeito com a forma como patinou mas que o resultado tinha sido globalmente positivo.
No programa curto, Mikhail conquistou 85.20pts, ou seja, menos 11.62pts do que conseguiu no Troféu Ondrej Nepela. O patinador russo tinha previsto realizar uma combinação de quádruplo toe loop+triplo toe loop, seguida de um triplo lutz como salto isolado. No entanto ele teve de improvisar. Mikhail caiu na recepção do quádruplo toe loop e não pôde realizar a combinação. Ele não perdeu a calma e alterou a combinação para triplo lutz+triplo toe loop no lugar onde era suposto estar o salto isolado. O triplo axel foi o outro salto do esquema e, no momento da recepção, o corpo do patinador estava muito inclinado. O triplo axel conseguiu grau de execução positivo por parte da maior parte dos juízes mas, na minha opinião, deveria ter sido penalizado com -1 por causa da recepção. A sequência de passos e o pião de combinação com mudança de pé foram de nível 3 enquanto no Troféu Ondrej Nepela tinham atingido o nível 4. O pião em baixo com entrada saltada e o pião camel com mudança de pé cumpriram os requisitos exigidos para o nível 4. Nos componentes do programa, Mikhail conquistou 42.75pts.
No programa livre Mikhail ficou abaixo do que conseguiu no Troféu Ondrej Nepela. Aqui ele ficou com uma pontuação de 165.38pts enquanto no Ondrej Nepela obteve 177.55pts. O patinador fez várias alterações ao plano de saltos que tinha previsto realizar na Finlândia. O primeiro elemento de salto era suposto ser uma combinação de quádruplo toe loop+triplo toe loop. Mikhail acabou por realizar apenas o quádruplo toe loop, tendo a recepção sido feita com o corpo muito inclinado para a frente. A segunda alteração ocorreu no sétimo elemento que deveria ter sido um quádruplo toe loop isolado mas Mikhail transformou o salto num triplo. Quanto ao loop, o patinador russo tinha previsto efectuar um triplo mas apenas conseguiu um duplo com uma má recepção. Aliás o duplo loop foi o único elemento punido com grau de execução negativo. Os restantes saltos foram concluídos com sucesso, destacando-se o triplo lutz e o fantástico triplo axel. Os piões foram todos de nível 4 e a sequência de passos foi de nível 3. Quanto aos componentes, Mikhail ficou com uma nota de 90.28pts.
O coreano Junhwan Cha conseguiu a sua segunda medalha de prata da temporada. Nesta competição ele ficou com um total combinado de 239.19pts. Esta pontuação é inferior à que ele conquistou no Autumn Classic International que foi de 259.78pts.
O programa curto de Junhwan Cha foi bastante agradável e permitiu-lhe garantir 84.67pts. O único elemento punido com grau de execução negativo foi o quádruplo salchow inicial pois a última rotação não foi efectivamente realizada. A combinação de triplo lutz+triplo toe loop e o triplo axel correram bem. Todos os piões e a sequência de passos cumpriram os requisitos exigidos para o nível 4. A velocidade com que ele patinou durante todo o programa foi impressionante e o trabalho de variação das arestas foi suave. Na nota dos componentes o total foi de 38.42pts. A juíza sueca apenas lhe marcou 6.75 nas transições em contraste com os restantes membros do painel. Isso pareceu-me um pouco severo.
No que diz respeito ao programa livre Junhwan Cha ficou com uma pontuação de 154.52pts. O segundo elemento de salto no esquema era suposto ter sido um quádruplo salchow mas o patinador atrapalhou-se e apenas realizou um duplo mal executado. Em consequência foi aplicado grau de execução negativo. O triplo axel isolado também foi penalizado no grau de execução porque o patinador caiu na recepção. Junhwan Cha cometeu outro erro grave no esquema mesmo no final: caiu na entrada para o último pião. Isto fê-lo perder bastantes pontos pois ele ficou com um elemento a menos no esquema e, ainda por cima, levou com um ponto de dedução pela queda. Nos componentes a nota foi de 81.64pts.
Este jovem coreano tem um potencial imenso e espero que ele tenha sucesso no circuito sénior do grande prémio. Fiquem de olho nele.
O georgiano Moris Kvitelashvili surpreendeu pela positiva e arrecadou a medalha de bronze sem ninguém estar à espera. O pupilo de Eteri Tutberidze já tinha ficado em quarto lugar no Troféu Ondrej Nepela. Nem tudo correu como planeado mas no geral as prestações dele foram sólidas aqui na Finlândia. A tentativa de quádruplo salchow não correu nada bem no programa curto. No livre as coisas começaram bem mas três elementos de salto acabaram penalizados com grau de execução negativo: a combinação de triplo flip+Euler+triplo salchow, o quádruplo toe loop e a combinação de duplo toe loop+triplo toe loop.
Moris é um patinador agradável e tem presença em pista mas gostaria que fossem introduzidas mais transições em ambos os programas para valorizá-los.
Dmitri Aliev terminou em quinto lugar pois desta vez os quádruplos não saíram. Depois da sua participação no Troféu Lombardia, Dmitri lesionou por causa de uma queda que ele sofreu durante uma sessão de treinos. Em resultado ele teve de ficar parado durante uma semana e não pôde treinar. Tendo em conta essas circunstâncias, a sua classificação no Troféu Finlândia até não foi má.
Na categoria masculina esperava-se um duelo entre os russos Mikhail Kolyada e Dmitri Aliev. Mikhail já venceu o Troféu Ondrej Nepela esta temporada e Dmitri encantou no Troféu Lombardia, onde conquistou a medalha de prata. Nesta competição Mikhail impôs-se categoricamente não só sobre Dmitri mas também perante toda a concorrência.
Mikhail cometeu alguns erros tanto no programa curto como no livre mas a sua prestação foi suficiente para deixar os outros patinadores a uma distância pontual significativa. O patinador russo disse à imprensa que não estava satisfeito com a forma como patinou mas que o resultado tinha sido globalmente positivo.
No programa curto, Mikhail conquistou 85.20pts, ou seja, menos 11.62pts do que conseguiu no Troféu Ondrej Nepela. O patinador russo tinha previsto realizar uma combinação de quádruplo toe loop+triplo toe loop, seguida de um triplo lutz como salto isolado. No entanto ele teve de improvisar. Mikhail caiu na recepção do quádruplo toe loop e não pôde realizar a combinação. Ele não perdeu a calma e alterou a combinação para triplo lutz+triplo toe loop no lugar onde era suposto estar o salto isolado. O triplo axel foi o outro salto do esquema e, no momento da recepção, o corpo do patinador estava muito inclinado. O triplo axel conseguiu grau de execução positivo por parte da maior parte dos juízes mas, na minha opinião, deveria ter sido penalizado com -1 por causa da recepção. A sequência de passos e o pião de combinação com mudança de pé foram de nível 3 enquanto no Troféu Ondrej Nepela tinham atingido o nível 4. O pião em baixo com entrada saltada e o pião camel com mudança de pé cumpriram os requisitos exigidos para o nível 4. Nos componentes do programa, Mikhail conquistou 42.75pts.
No programa livre Mikhail ficou abaixo do que conseguiu no Troféu Ondrej Nepela. Aqui ele ficou com uma pontuação de 165.38pts enquanto no Ondrej Nepela obteve 177.55pts. O patinador fez várias alterações ao plano de saltos que tinha previsto realizar na Finlândia. O primeiro elemento de salto era suposto ser uma combinação de quádruplo toe loop+triplo toe loop. Mikhail acabou por realizar apenas o quádruplo toe loop, tendo a recepção sido feita com o corpo muito inclinado para a frente. A segunda alteração ocorreu no sétimo elemento que deveria ter sido um quádruplo toe loop isolado mas Mikhail transformou o salto num triplo. Quanto ao loop, o patinador russo tinha previsto efectuar um triplo mas apenas conseguiu um duplo com uma má recepção. Aliás o duplo loop foi o único elemento punido com grau de execução negativo. Os restantes saltos foram concluídos com sucesso, destacando-se o triplo lutz e o fantástico triplo axel. Os piões foram todos de nível 4 e a sequência de passos foi de nível 3. Quanto aos componentes, Mikhail ficou com uma nota de 90.28pts.
O coreano Junhwan Cha conseguiu a sua segunda medalha de prata da temporada. Nesta competição ele ficou com um total combinado de 239.19pts. Esta pontuação é inferior à que ele conquistou no Autumn Classic International que foi de 259.78pts.
O programa curto de Junhwan Cha foi bastante agradável e permitiu-lhe garantir 84.67pts. O único elemento punido com grau de execução negativo foi o quádruplo salchow inicial pois a última rotação não foi efectivamente realizada. A combinação de triplo lutz+triplo toe loop e o triplo axel correram bem. Todos os piões e a sequência de passos cumpriram os requisitos exigidos para o nível 4. A velocidade com que ele patinou durante todo o programa foi impressionante e o trabalho de variação das arestas foi suave. Na nota dos componentes o total foi de 38.42pts. A juíza sueca apenas lhe marcou 6.75 nas transições em contraste com os restantes membros do painel. Isso pareceu-me um pouco severo.
No que diz respeito ao programa livre Junhwan Cha ficou com uma pontuação de 154.52pts. O segundo elemento de salto no esquema era suposto ter sido um quádruplo salchow mas o patinador atrapalhou-se e apenas realizou um duplo mal executado. Em consequência foi aplicado grau de execução negativo. O triplo axel isolado também foi penalizado no grau de execução porque o patinador caiu na recepção. Junhwan Cha cometeu outro erro grave no esquema mesmo no final: caiu na entrada para o último pião. Isto fê-lo perder bastantes pontos pois ele ficou com um elemento a menos no esquema e, ainda por cima, levou com um ponto de dedução pela queda. Nos componentes a nota foi de 81.64pts.
Este jovem coreano tem um potencial imenso e espero que ele tenha sucesso no circuito sénior do grande prémio. Fiquem de olho nele.
O georgiano Moris Kvitelashvili surpreendeu pela positiva e arrecadou a medalha de bronze sem ninguém estar à espera. O pupilo de Eteri Tutberidze já tinha ficado em quarto lugar no Troféu Ondrej Nepela. Nem tudo correu como planeado mas no geral as prestações dele foram sólidas aqui na Finlândia. A tentativa de quádruplo salchow não correu nada bem no programa curto. No livre as coisas começaram bem mas três elementos de salto acabaram penalizados com grau de execução negativo: a combinação de triplo flip+Euler+triplo salchow, o quádruplo toe loop e a combinação de duplo toe loop+triplo toe loop.
Moris é um patinador agradável e tem presença em pista mas gostaria que fossem introduzidas mais transições em ambos os programas para valorizá-los.
Dmitri Aliev terminou em quinto lugar pois desta vez os quádruplos não saíram. Depois da sua participação no Troféu Lombardia, Dmitri lesionou por causa de uma queda que ele sofreu durante uma sessão de treinos. Em resultado ele teve de ficar parado durante uma semana e não pôde treinar. Tendo em conta essas circunstâncias, a sua classificação no Troféu Finlândia até não foi má.
Resultado final
Videos
Mikhail Kolyada
Programa curto
Programa livre
Junhwan Cha
Programa curto
Programa livre
Moris Kvitelashvilli
Programa curto
Programa livre
Nicolas Nadeau
Programa curto
Programa livre
Dmitri Aliev
Programa curto
Programa livre
Matteo Rizzo
Programa curto
Programa livre
Alexey Erokhov
Programa curto
Programa livre
Alexey Bychenko
Programa curto
Categoria de Senhoras
Elizaveta Tuktamysheva está com uma eficácia de 100%: participação em dois troféus internacionais e duas vitórias. Elizaveta esteve adoentada na semana anterior a esta competição e não treinou a tempo inteiro. Talvez por isso ela não tenha estado tão bem como podia.
Elizaveta arriscou o triplo axel no curto e no livre mas não segurou a saída nos dois casos. No livre ela teve problemas nas duas combinações. Na combinação de triplo lutz+triplo toe loop faltou 1/4 de volta na última rotação do segundo salto. Na combinação de duplo axel+triplo toe loop aconteceu a mesma coisa e ainda por cima ela caiu na recepção.
Tanto no curto como no livre, as sequências de passos cumpriram os critérios exigidos para o nível 4. No que diz respeito aos piões apenas o pião de combinação com mudança de pé no curto foi de nível 3. Todos os outros piões atingiram o nível 4.
Nos componentes, o segmento das transições continua a ser problemático e vários juízes marcaram notas entre 6.50 e 6.75.
Elizabet Tursynbaeva arrecadou a medalha de prata e atenção ao facto dela ter ficado à frente de Tuktamysheva no programa livre. Esta é a segunda medalha de prata que ela conquistou em provas internacionais nesta temporada. Elizabet parece uma patinadora renascida! Esta patinadora costumava treinar sob a orientação de Brian Orser e agora está com Eteri Tutberidze. As melhorias na sua patinagem, nomeadamente em termos de transições e consistência nos saltos, são incríveis pois a mudança só ocorreu há alguns meses.
A finlandesa Viveca Lindfors ficou com a medalha de bronze para gáudio dos seus compatriotas que assistiram a esta competição. Ela foi mesmo segunda no programa livre contra todas as expectativas.
Stanislava Konstantinova teve a medalha de bronze na mão mas perdeu-a por apenas 0.01pts. O elemento que fez a diferença foi o flip no programa livre pois Stanislava fez apenas um salto simples em vez de um triplo. Esse erro atirou-a para fora do pódio.
Resultado final
Elizaveta arriscou o triplo axel no curto e no livre mas não segurou a saída nos dois casos. No livre ela teve problemas nas duas combinações. Na combinação de triplo lutz+triplo toe loop faltou 1/4 de volta na última rotação do segundo salto. Na combinação de duplo axel+triplo toe loop aconteceu a mesma coisa e ainda por cima ela caiu na recepção.
Tanto no curto como no livre, as sequências de passos cumpriram os critérios exigidos para o nível 4. No que diz respeito aos piões apenas o pião de combinação com mudança de pé no curto foi de nível 3. Todos os outros piões atingiram o nível 4.
Nos componentes, o segmento das transições continua a ser problemático e vários juízes marcaram notas entre 6.50 e 6.75.
Elizabet Tursynbaeva arrecadou a medalha de prata e atenção ao facto dela ter ficado à frente de Tuktamysheva no programa livre. Esta é a segunda medalha de prata que ela conquistou em provas internacionais nesta temporada. Elizabet parece uma patinadora renascida! Esta patinadora costumava treinar sob a orientação de Brian Orser e agora está com Eteri Tutberidze. As melhorias na sua patinagem, nomeadamente em termos de transições e consistência nos saltos, são incríveis pois a mudança só ocorreu há alguns meses.
A finlandesa Viveca Lindfors ficou com a medalha de bronze para gáudio dos seus compatriotas que assistiram a esta competição. Ela foi mesmo segunda no programa livre contra todas as expectativas.
Stanislava Konstantinova teve a medalha de bronze na mão mas perdeu-a por apenas 0.01pts. O elemento que fez a diferença foi o flip no programa livre pois Stanislava fez apenas um salto simples em vez de um triplo. Esse erro atirou-a para fora do pódio.
Resultado final
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Elizaveta Tuktamysheva
Programa curto
Programa livre
Elizabet Tursynbaeva
Programa curto
Programa livre
Viveca Lindfors
Programa curto
Programa livre
Stanislava Konstantinova
Programa curto
Programa livre
Emmi Peltonen
Programa curto
Programa livre
Elizaveta Tuktamysheva
Programa curto
Programa livre
Elizabet Tursynbaeva
Programa curto
Programa livre
Viveca Lindfors
Programa curto
Programa livre
Stanislava Konstantinova
Programa curto
Programa livre
Emmi Peltonen
Programa curto
Programa livre
Categoria de Pares
Evgenia Tarasova & Vladimir Morozov conquistaram o Troféu Finlândia mas não deslumbraram. Este par é belíssimo, harmonioso e ainda demonstra uma tremenda margem de progressão. Antes desta época se iniciar falou-se muito sobre o facto desta ser uma oportunidade de ouro para Evgenia e Vladimir se afirmarem como o par líder a nível mundial. Teoricamente, Evgenia e Vladimir lideram esta disciplina na selecção russa por isso era expectável que a sua equipa técnica tratasse de lhes dar material especial. A sua apresentação nos testes organizados pela federação russa foi o suficiente para suscitar dúvidas aos fãs a propósito das escolhas musicais e coreográficas. Antes do Troféu Finlândia, Maxim Trankov, o treinador deste par, anunciou que a música e a coreografia do programa curto tinham sido alteradas. Para espanto geral, Evgenia e Vladimir patinaram o novo curto ao som de "I feel good" de James Brown. Em termos de coreografia, transições e interpretação, ainda é cedo para fazer uma avaliação pois este programa curto foi construído há pouco tempo. De todas as reacções que tive oportunidade de ver nas redes sociais e fóruns russos, a primeira impressão é de desilusão. Na minha opinião, o que eles apresentaram aqui no Troféu Finlândia não realça as suas qualidades e parece um programa feito para um par júnior.
No que toca ao programa livre não estou convencida com a escolha musical nos primeiros momentos do esquema. É que no início só se ouvem notas de piano espaçadas entre si. Não estou segura que isto cumpra as regras para as musicas que podem ser escolhidas para programas de competição. Eles realizaram três elementos técnicos até avançar para sequência coreográfica e a música só começa mesmo a sério precisamente nessa sequência. A partir daí já se pode dizer que a escolha tem potencial. A antiga campeã mundial Evgenia Medvedeva chegou a utilizar um trecho desta música há uns tempos para um programa curto memorável. Infelizmente não me parece que este programa livre seja memorável em termos coreográficos. Talvez com o decorrer da temporada possam ser feitas algumas alterações e introduzidos mais movimentos de transição que valorizem o esquema. Os erros técnicos também não ajudaram. Inclusivamente eles falharam a segunda figura de elevação e ainda bem que Vladimir é super sólido e muito forte porque podia ter acontecido um acidente grave.
A ligação entre Evgenia e Vladimir é outro ponto que não resultou nesta competição. Eles pareceram distantes dentro e fora da pista. Consta que o namoro deles acabou ainda antes do Verão mas na interpretação dos programas essa ligação tem de transparecer.
O facto de Maxim Trankov não estar com eles no dia do programa livre também levantou questões entre alguns fãs. Maxim assumiu o papel de treinador principal de Evgenia e Vladimir mas continua a participar em espectáculos com Tatiana Volosozhar. Como é que ele pode prestar todo o apoio a Evgenia e Vladimir se tem de se ausentar constantemente? Além disso reforça-se a interrogação do porquê da federação russa ter autorizado o seu par principal a ser orientado por alguém que não tem experiência como treinador. É verdade que Nina Mozer está a fazer uma pausa e provavelmente regressará no final desta temporada mas existiam outras alternativas dentro do grupo que ela lidera, nomeadamente Vladislav Zhovnirski que no passado fez um excelente trabalho com Stolbova & Klimov. Seja como for, de certeza que eles vão trabalhar muito para corrigir os programas antes da sua primeira participação no circuito do grande prémio sénior.
Kirsten Moore-Towers & Michael Marinaro venceram o programa livre mas, como o curto não lhes correu de feição, não foi suficiente para lutar pelo ouro. O par canadiano saiu de Espoo com a medalha de prata.
A medalha de bronze foi para o jovem par russo Boikova & Kozlovskii que está a cumprir a sua primeira temporada sénior. Esta foi a segunda vez que eles conseguiram uma medalha em competições internacionais esta temporada.
Resultado final
No que toca ao programa livre não estou convencida com a escolha musical nos primeiros momentos do esquema. É que no início só se ouvem notas de piano espaçadas entre si. Não estou segura que isto cumpra as regras para as musicas que podem ser escolhidas para programas de competição. Eles realizaram três elementos técnicos até avançar para sequência coreográfica e a música só começa mesmo a sério precisamente nessa sequência. A partir daí já se pode dizer que a escolha tem potencial. A antiga campeã mundial Evgenia Medvedeva chegou a utilizar um trecho desta música há uns tempos para um programa curto memorável. Infelizmente não me parece que este programa livre seja memorável em termos coreográficos. Talvez com o decorrer da temporada possam ser feitas algumas alterações e introduzidos mais movimentos de transição que valorizem o esquema. Os erros técnicos também não ajudaram. Inclusivamente eles falharam a segunda figura de elevação e ainda bem que Vladimir é super sólido e muito forte porque podia ter acontecido um acidente grave.
A ligação entre Evgenia e Vladimir é outro ponto que não resultou nesta competição. Eles pareceram distantes dentro e fora da pista. Consta que o namoro deles acabou ainda antes do Verão mas na interpretação dos programas essa ligação tem de transparecer.
O facto de Maxim Trankov não estar com eles no dia do programa livre também levantou questões entre alguns fãs. Maxim assumiu o papel de treinador principal de Evgenia e Vladimir mas continua a participar em espectáculos com Tatiana Volosozhar. Como é que ele pode prestar todo o apoio a Evgenia e Vladimir se tem de se ausentar constantemente? Além disso reforça-se a interrogação do porquê da federação russa ter autorizado o seu par principal a ser orientado por alguém que não tem experiência como treinador. É verdade que Nina Mozer está a fazer uma pausa e provavelmente regressará no final desta temporada mas existiam outras alternativas dentro do grupo que ela lidera, nomeadamente Vladislav Zhovnirski que no passado fez um excelente trabalho com Stolbova & Klimov. Seja como for, de certeza que eles vão trabalhar muito para corrigir os programas antes da sua primeira participação no circuito do grande prémio sénior.
Kirsten Moore-Towers & Michael Marinaro venceram o programa livre mas, como o curto não lhes correu de feição, não foi suficiente para lutar pelo ouro. O par canadiano saiu de Espoo com a medalha de prata.
A medalha de bronze foi para o jovem par russo Boikova & Kozlovskii que está a cumprir a sua primeira temporada sénior. Esta foi a segunda vez que eles conseguiram uma medalha em competições internacionais esta temporada.
Resultado final
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Tarasova & Morozov
Programa curto
Programa livre
Moore Towers & Marinaro
Programa curto
Programa livre
Boikova & Kozlovskii
Programa curto
Programa livre
Ziegler & Kiefer
Programa curto
Programa livre
Pavliuchenko & Khodykin
Programa curto
Programa livre
Alexandrovskaya & Windsor
Programa curto
Programa livre
Kayne & O'Shea
Programa curto
Programa livre
Barquero & Maestu
Programa curto
Programa livre
Categoria de Dança
Alexandra Stepanova & Ivan Bukin causaram furor tanto na dança rítmica como na dança livre! Depois de duas prestações fantásticas, Alexandra e Ivan são os novos detentores das melhores marcas mundiais na rítmica (79.16pts), livre (121.62pts) e total combinado (200.68pts).
Eles estão num estado de forma fantástico e nota-se que devem ter trabalhado imenso nas linhas e nas variações de arestas. Tudo parece ser feito com mais facilidade e suavidade. Isso foi notório nos dois programas.
Mas nem tudo foi fácil para eles… Na dança rítmica, o juiz-árbitro mandou interromper o programa porque a pista estava suja com pedacinhos de papel colorido que apareceram sabe-se lá de onde. Alexandra e Ivan estavam a patinar com intensidade e essa interrupção podia tê-los prejudicado. Ainda por cima a interrupção foi longa. Eles não tiveram culpa nenhuma no sucedido e podiam ter ficado nervosos com a situação. No entanto, quando retomaram o programa eles mantiveram a concentração e continuaram a patinar como se não tivesse acontecido nada. Grande atitude! A sua nota na dança rítmica foi excelente mas podia ter sido ainda melhor não fosse o facto do controlador técnico ter marcado os twizzles meramente com o nível 1. O valor base dos twizzles de nível 1 é de 4.84 enquanto no nível 4 o valor base sobe para 6.34. Eu já revi os twizzles três vezes e acho que cumprem os requisitos para o nível 4. Como fiquei espantada com essa situação, fui ver quem assumiu as funções de controlador técnico na dança rítmica e fez-se luz. Hilary Shelby é uma velha conhecida na disciplina de dança e esta não é a primeira vez que ela marca níveis baixos a pares russos de forma incompreensível…
Quanto à escolha da música e da coreografia, Alexandra e Ivan optaram por evitar um tango típico. A coreografia é fantástica e a interpretação idem mas o programa não reflecte um tango. Esta temporada a ISU deu a liberdade de serem escolhidas outras músicas de vários estilos desde que respeitem o compasso dos pontos-chave obrigatórios dos passos de Tango Romantica. Por isso eles estão dentro das regras.
A dança livre está simplesmente fantástica. A interpretação foi magnifica e nota-se que eles estão a patinar como um verdadeiro par. A sintonia entre Alexandra e Ivan foi perfeita do início ao fim. Foram vários os momentos originais e a qualidade na execução foi muito boa. As duas sequências de passos foram de nível 3 e tudo o resto alcançou o nível 4 (incluindo os twizzles).
A medalha de prata ficou mas nãos dos espanhóis Olivia Smart & Adriá Diaz. Era suposto que os seus rivais nacionais Sara Hurtado & Kirill Khaliavin tivessem competido aqui. Mas Sara lesionou-se num músculo abdominal e teve de desistir. Teria sido interessante ver os dois pares espanhóis em confronto directo numa competição internacional. É que a Espanha só tem direito a um lugar para os Europeus e mundiais na categoria de dança e a federação espanhola vai ter de ponderar sobre qual destes dois pares ficará com o lugar na selecção nacional.
Caroline Soucisse & Shane Firus ficaram em terceiro lugar na dança rítmica mas perderam a medalha de bronze por causa da dança livre. Quem acabou por ficar no pódio foram os franceses Marie Jade Lauriault & Romain Le Gac que subiram na classificação graças à dança livre.
Resultado final
Eles estão num estado de forma fantástico e nota-se que devem ter trabalhado imenso nas linhas e nas variações de arestas. Tudo parece ser feito com mais facilidade e suavidade. Isso foi notório nos dois programas.
Mas nem tudo foi fácil para eles… Na dança rítmica, o juiz-árbitro mandou interromper o programa porque a pista estava suja com pedacinhos de papel colorido que apareceram sabe-se lá de onde. Alexandra e Ivan estavam a patinar com intensidade e essa interrupção podia tê-los prejudicado. Ainda por cima a interrupção foi longa. Eles não tiveram culpa nenhuma no sucedido e podiam ter ficado nervosos com a situação. No entanto, quando retomaram o programa eles mantiveram a concentração e continuaram a patinar como se não tivesse acontecido nada. Grande atitude! A sua nota na dança rítmica foi excelente mas podia ter sido ainda melhor não fosse o facto do controlador técnico ter marcado os twizzles meramente com o nível 1. O valor base dos twizzles de nível 1 é de 4.84 enquanto no nível 4 o valor base sobe para 6.34. Eu já revi os twizzles três vezes e acho que cumprem os requisitos para o nível 4. Como fiquei espantada com essa situação, fui ver quem assumiu as funções de controlador técnico na dança rítmica e fez-se luz. Hilary Shelby é uma velha conhecida na disciplina de dança e esta não é a primeira vez que ela marca níveis baixos a pares russos de forma incompreensível…
Quanto à escolha da música e da coreografia, Alexandra e Ivan optaram por evitar um tango típico. A coreografia é fantástica e a interpretação idem mas o programa não reflecte um tango. Esta temporada a ISU deu a liberdade de serem escolhidas outras músicas de vários estilos desde que respeitem o compasso dos pontos-chave obrigatórios dos passos de Tango Romantica. Por isso eles estão dentro das regras.
A dança livre está simplesmente fantástica. A interpretação foi magnifica e nota-se que eles estão a patinar como um verdadeiro par. A sintonia entre Alexandra e Ivan foi perfeita do início ao fim. Foram vários os momentos originais e a qualidade na execução foi muito boa. As duas sequências de passos foram de nível 3 e tudo o resto alcançou o nível 4 (incluindo os twizzles).
A medalha de prata ficou mas nãos dos espanhóis Olivia Smart & Adriá Diaz. Era suposto que os seus rivais nacionais Sara Hurtado & Kirill Khaliavin tivessem competido aqui. Mas Sara lesionou-se num músculo abdominal e teve de desistir. Teria sido interessante ver os dois pares espanhóis em confronto directo numa competição internacional. É que a Espanha só tem direito a um lugar para os Europeus e mundiais na categoria de dança e a federação espanhola vai ter de ponderar sobre qual destes dois pares ficará com o lugar na selecção nacional.
Caroline Soucisse & Shane Firus ficaram em terceiro lugar na dança rítmica mas perderam a medalha de bronze por causa da dança livre. Quem acabou por ficar no pódio foram os franceses Marie Jade Lauriault & Romain Le Gac que subiram na classificação graças à dança livre.
Resultado final
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Stepanova & Bukin
Dança rítmica
Stepanova & Bukin
Dança rítmica
Dança livre
Smart & Diaz
Dança rítmica
Dança livre
Indisponível
Lauriault & Le Gac
Dança rítmica
Dança livre
Soucisse & Firus
Dança rítmica
Dança livre
Shpilevaya & Smirnov
Dança rítmica
Dança livre
Evdokimova & Bazin
Dança rítmica
Dança livre
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