A
bicampeã mundial Evgenia Medvedeva concedeu recentemente uma entrevista à
jornalista Olga Ermolina. Evgenia demonstrou mais uma vez a sua maturidade e
revelou as músicas escolhidas para os seus novos programas. A jovem patinadora
aproveitou também para manifestar o seu amor pelo Japão.
O
original pode ser visto aqui: http://www.fsrussia.ru/intervyu/3029-evgeniya-medvedeva-legkij-put-ne-vsegda-pravilnyj.html
TRADUÇÃO
DE ENTREVISTA
Olga
Ermolina – Evgenia, para ti este calendário tenso é usual: os programas novos,
os exames da escola, umas pequenas férias, o estágio, espectáculo, baile de
finalistas, outro espectáculo e depois de volta ao trabalho?
Evgenia
Medvedeva – Tudo o que disseste faz parte da minha vida. É a minha escolha. E
há sempre uma escolha. Há sempre uma maneira mais fácil. Mas a maneira mais
fácil não é necessariamente a correcta. A patinagem artística, tal como
qualquer outro desporto, é exigente. Se tiveres sorte a tua profissão é também
o teu passatempo. Então os treinos são uma alegria. É assim que as coisas
acontecem para mim.
Olga
Ermolina – Podes falar sobre os teus novos programas?
Evgenia
Medvedeva – Para o programa curto nós escolhemos “Nocturne N.º 20, C-Sharp
Minor, Op. Posth” de Chopin tocada por Joshua Bell. Para o livre, “January Stars”
de George Winston, “Departure” (Lullaby) de Max Ritcher e “Pacem 2” de Donna
Nobis. Nós começamos a trabalhar nos programas no início de Junho. Eles foram
coreografados pelo Daniil Gleihengause e o Ilya Averbukh em conjunto com a
treinadora Eteri Tutberidze. Eu vou patinar os meus novos programas nos testes
em Sochi. Quanto à nova exibição, esta é feita com música do filme “Anna
Karenina” e vou patiná-la no espectáculo em Yokohama. Mas ainda não será a
versão final. Nós vamos continuar a trabalhar para melhorar a exibição durante
a temporada.
Olga
Ermolina – Existirão algumas mudanças técnicas?
Evgenia
Medvedeva – Eu vou manter os elementos que tinha para o programa curto. Nós
tentámos elevar a dificuldade no programa livre e passámos a primeira
combinação triplo-triplo para a segunda parte do programa. Agora eu só vou ter
um salto na primeira parte.
Evgenia Medvedeva |
Olga
Ermolina – Muitos patinadores participam em espectáculos durante o Verão. É
divertido ou uma maneira de ganhar dinheiro ou outra coisa?
Evgenia
Medvedeva – Isso depende da abordagem. Para mim o espectáculo no início da
época é uma forma de ligar-me à audiência, recordar a sensação de estar sozinha
no gelo com tantos olhos focados em mim. Eu não sei como é que é para os outros
mas cada vez que eu vou para a pista, seja para um espectáculo ou para uma
competição, há sempre adrenalina, nervos e um certo estado de espírito. De
certo modo um espectáculo assemelha-se a uma competição. E, obviamente, eu
tenho de cumprir as minhas obrigações. Normalmente a participação num
espectáculo é decidida com antecedência.
Olga
Ermolina – Aconteceu alguma coisa de especial no último espectáculo?
Evgenia
Medvedeva – O mais interessante é conhecer pessoas, atletas que ainda não
conheceste e que te inspiraram durante a tua carreira desportiva.
Olga
Ermolina – Como por exemplo?
Evgenia
Medvedeva – Há muitos. Por exemplo eu estava interessada em ver o Johnny Weir,
para ver como ele sente o gelo, como é que ele patina. Eu não cheguei a vê-lo
competir; nunca o tinha visto patinar ao vivo. Nós conhecemo-nos no Japão e eu tive a
oportunidade de assistir aos seus treinos. Eu fiquei muito surpreendida com o
facto do Johnny falar russo sem sotaque.
Olga
Ermolina – E que como vais com as línguas estrangeiras?
Evgenia
Medvedeva – Eu quero muito aprender japonês, melhorar o meu inglês e ler muitos
livros. Na escola, eu não tive tempo por isso eu tenho uma lista do que eu devo
ler.
Olga
Ermolina – Durante as férias tu foste ao Japão e à China. Outra vez o Japão?
Evgenia
Medvedeva – Sim, eu amo esse país. Eu já lá estive várias vezes mas foi durante
competições quando eu estava totalmente focada no meu trabalho. Eu quero
aprender mais da história, da cultura e ver o verdadeiro Japão – Osaka, Kyoto,
visitar Tóquio. Nós passámos dois dias em Tóquio. Nós perdemo-nos e tivemos de
usar o GPS para encontrar o hotel. Nós andámos 8KM. Foi tão bom. Eu vi o
palácio imperial, os altares, andámos nas pequenas ruas de Kyoto, desfrutámos
da natureza japonesa, experimentei roupa tradicional e, claro está, a comida
japonesa. Eu quis experimentar tudo!
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