quinta-feira, 6 de julho de 2017

Tradução de entrevista de Evgenia Medvedeva


A bicampeã mundial Evgenia Medvedeva concedeu recentemente uma entrevista à jornalista Olga Ermolina. Evgenia demonstrou mais uma vez a sua maturidade e revelou as músicas escolhidas para os seus novos programas. A jovem patinadora aproveitou também para manifestar o seu amor pelo Japão.


Evgenia Medvedeva


TRADUÇÃO DE ENTREVISTA

Olga Ermolina – Evgenia, para ti este calendário tenso é usual: os programas novos, os exames da escola, umas pequenas férias, o estágio, espectáculo, baile de finalistas, outro espectáculo e depois de volta ao trabalho?

Evgenia Medvedeva – Tudo o que disseste faz parte da minha vida. É a minha escolha. E há sempre uma escolha. Há sempre uma maneira mais fácil. Mas a maneira mais fácil não é necessariamente a correcta. A patinagem artística, tal como qualquer outro desporto, é exigente. Se tiveres sorte a tua profissão é também o teu passatempo. Então os treinos são uma alegria. É assim que as coisas acontecem para mim.

Olga Ermolina – Podes falar sobre os teus novos programas?

Evgenia Medvedeva – Para o programa curto nós escolhemos “Nocturne N.º 20, C-Sharp Minor, Op. Posth” de Chopin tocada por Joshua Bell. Para o livre, “January Stars” de George Winston, “Departure” (Lullaby) de Max Ritcher e “Pacem 2” de Donna Nobis. Nós começamos a trabalhar nos programas no início de Junho. Eles foram coreografados pelo Daniil Gleihengause e o Ilya Averbukh em conjunto com a treinadora Eteri Tutberidze. Eu vou patinar os meus novos programas nos testes em Sochi. Quanto à nova exibição, esta é feita com música do filme “Anna Karenina” e vou patiná-la no espectáculo em Yokohama. Mas ainda não será a versão final. Nós vamos continuar a trabalhar para melhorar a exibição durante a temporada.

Olga Ermolina – Existirão algumas mudanças técnicas?

Evgenia Medvedeva – Eu vou manter os elementos que tinha para o programa curto. Nós tentámos elevar a dificuldade no programa livre e passámos a primeira combinação triplo-triplo para a segunda parte do programa. Agora eu só vou ter um salto na primeira parte.

Evgenia Medvedeva


Olga Ermolina – Muitos patinadores participam em espectáculos durante o Verão. É divertido ou uma maneira de ganhar dinheiro ou outra coisa?

Evgenia Medvedeva – Isso depende da abordagem. Para mim o espectáculo no início da época é uma forma de ligar-me à audiência, recordar a sensação de estar sozinha no gelo com tantos olhos focados em mim. Eu não sei como é que é para os outros mas cada vez que eu vou para a pista, seja para um espectáculo ou para uma competição, há sempre adrenalina, nervos e um certo estado de espírito. De certo modo um espectáculo assemelha-se a uma competição. E, obviamente, eu tenho de cumprir as minhas obrigações. Normalmente a participação num espectáculo é decidida com antecedência.

Olga Ermolina – Aconteceu alguma coisa de especial no último espectáculo?

Evgenia Medvedeva – O mais interessante é conhecer pessoas, atletas que ainda não conheceste e que te inspiraram durante a tua carreira desportiva.

Olga Ermolina – Como por exemplo?

Evgenia Medvedeva – Há muitos. Por exemplo eu estava interessada em ver o Johnny Weir, para ver como ele sente o gelo, como é que ele patina. Eu não cheguei a vê-lo competir; nunca o tinha visto patinar ao vivo.  Nós conhecemo-nos no Japão e eu tive a oportunidade de assistir aos seus treinos. Eu fiquei muito surpreendida com o facto do Johnny falar russo sem sotaque.

Olga Ermolina – E que como vais com as línguas estrangeiras?

Evgenia Medvedeva – Eu quero muito aprender japonês, melhorar o meu inglês e ler muitos livros. Na escola, eu não tive tempo por isso eu tenho uma lista do que eu devo ler.

Olga Ermolina – Durante as férias tu foste ao Japão e à China. Outra vez o Japão?

Evgenia Medvedeva – Sim, eu amo esse país. Eu já lá estive várias vezes mas foi durante competições quando eu estava totalmente focada no meu trabalho. Eu quero aprender mais da história, da cultura e ver o verdadeiro Japão – Osaka, Kyoto, visitar Tóquio. Nós passámos dois dias em Tóquio. Nós perdemo-nos e tivemos de usar o GPS para encontrar o hotel. Nós andámos 8KM. Foi tão bom. Eu vi o palácio imperial, os altares, andámos nas pequenas ruas de Kyoto, desfrutámos da natureza japonesa, experimentei roupa tradicional e, claro está, a comida japonesa. Eu quis experimentar tudo!

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