1.º - Daisuke Takahashi (Japão) --- 84.79pts
2.º - Tatsuki Machida (Japaão) --- 83.48pts
3.º - Sergei Voronov (Russia) --- 73.58pts
4.º - Adam Rippon (Estados Unidos) --- 71.81pts
5.º - Nan Song (China) --- 70.86pts
6.º - Kevin Reynolds (Canadá) --- 69.87pts
7.º - Brian Joubert (França) --- 63.27pts
8.º - Yi Wang (China) --- 57.25pts
9.º - Jinlin Guan (China) --- 55.97pts
Análise
O japonês Daisuke Takahashi não foi absolutamente perfeito mas o programa foi lindo de se ver. Do ponto de vista artistico, Takahashi é um exemplo de expressividade, carisma, fluidez de movimentos e maturidade. A nota dos componentes reflectiu a qualidade de patinagem deste japonês mas a verdade é que me parece que os juízes continuam a ser sovinas no que toca aos segmentos de interpretação e coreografia. Desta vez ele conseguiu reunir 8.71 na coreografia e 8.79 na interpretação. O segmento referente à qualidade base da sua patinagem rendeu-lhe 8.57pts, na performance / execução conseguiu 8.50 e nas transições e passos de ligação 8.32pts.
Tecnicamente, Takahashi executou três peões (um de nível 3 e os restantes de nível 4). A sua sequência de passos foi classificada de nível 3 e permitiu-lhe amealhar 4.73pts. A nível de saltos tentou a sua sorte com um quadruplo toe loop. No entanto Takahashi perdeu -2.86 devido ao grau de execução negativo visto que fez a recepção do salto com os dois pés no gelo e ainda por cima os juízes verificaram que faltou um bocadinho para que a quarta rotação fosse realmente feita. Na combinação de triplo lutz com triplo toe loop não teve qualquer problema (10.40pts). Para mim, o melhor momento do esquema aconteceu quando Takahashi realizou o triplo axel. Só nesse elemento arrecadou 11.49pts.
Machida é compatriota de Takahashi e tem estado a ter uma época fantástica até ao momento. Na Taça da China, Machida não deixou os seus créditos por mãos alheias e penso que ele conseguiu obter a sua melhor nota de sempre num programa curto. Acho até que antes do início deste evento poucos se arriscariam a prever que Machida estivesse tão próximo de Takahashi em termos de pontuação. Todos os elementos técnicos executados por Machida tiveram boa qualidade e grau de execução positivo. Em termos de saltos alcançou 10.64 no triplo axel, 10.60 na combinação de triplo flip com triplo toe toe loop e 7.70 no triplo lutz. Quanto aos peões que executou, dois deles foram classificados de nível 4 e um deles de nível 3 . A sua sequência de passos também foi considerada de nível 4. Na nota dos componentes do programa, o melhor segmento de Machida foi o de performance e execução com 8.04, situando-se os restantes segmentos na casa dos 7.00pts.
Sergei Voronov pode ficar contente com a sua prestação no programa curto ao som de música tradicional dos marinheiros russos. O seu esquema começou bem com a execução de uma combinação de quadruplo toe loop com duplo toe loop (11.74pts). Depois Sergei realizou o triplo axel com um grau de excução mediano mas que mesmo assim lhe permitiu amealhar 9.21pts. O último salto que incluiu no programa curto foi o loop já na segunda metade do esquema (5.81pts). A sua sequência de passos foi classificada de nível 2. Dos três peões que executou, dois foram de nível 3 e o último foi de nível 4. Na nota dos componentes, o seu melhor segmento foi o da performance/execução com 7.00. Os restantes segmentos situaram-se na casa dos 6.30 para cima.
Brian Joubert não pode com certeza estar feliz com a sua prestação neste programa curto pois cometeu erros em todos os elementos de saltos. Estava previsto que Joubert iniciasse o seu esquema com uma combinação de quadruplo toe loop com triplo toe loop mas ele não conseguiu a tensão e elevação suficientes para efectuar as quatro voltas no primeiro salto e acabou por transformar a sua combinação em triplo-triplo. O triplo axel teve uma recepção muito defeituosa e o que supostamente seria o triplo lutz foi transformado em duplo. O plano inicial era ambicioso mas não correu bem. Basta dizer que Brian apenas obteve um total de 27.20 na nota técnica, o que para ele é manifestamente pouco. Notou-se também que ele se deixou dominar pelos erros nos saltos e não imprimiu a sua habitual vivacidade na interpretação da música. Na nota dos componentes todos os segmentos se situaram na casa dos 7.00, com excepção das transições/passos de ligação onde os juízes lhe atribuiram 6.64pts. Mas deixo o alerta: nunca descartem Joubert pois ele já demonstrou diversas vezes que tem a capacidade de renascer das cinzas quando menos se espera.
Brian Joubert não pode com certeza estar feliz com a sua prestação neste programa curto pois cometeu erros em todos os elementos de saltos. Estava previsto que Joubert iniciasse o seu esquema com uma combinação de quadruplo toe loop com triplo toe loop mas ele não conseguiu a tensão e elevação suficientes para efectuar as quatro voltas no primeiro salto e acabou por transformar a sua combinação em triplo-triplo. O triplo axel teve uma recepção muito defeituosa e o que supostamente seria o triplo lutz foi transformado em duplo. O plano inicial era ambicioso mas não correu bem. Basta dizer que Brian apenas obteve um total de 27.20 na nota técnica, o que para ele é manifestamente pouco. Notou-se também que ele se deixou dominar pelos erros nos saltos e não imprimiu a sua habitual vivacidade na interpretação da música. Na nota dos componentes todos os segmentos se situaram na casa dos 7.00, com excepção das transições/passos de ligação onde os juízes lhe atribuiram 6.64pts. Mas deixo o alerta: nunca descartem Joubert pois ele já demonstrou diversas vezes que tem a capacidade de renascer das cinzas quando menos se espera.
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