Na categoria de individuais masculinos os resultados do programa curto foram os seguintes:
1.º - Jeremy Abbott (Estados Unidos) --- 81.18pts
2.º - Takahito Mura (Japão) --- 76.65pts
3.º - Brian Joubert (França) --- 75.46pts
4.º - Jorik Hendrickx (Bélgica) --- 68.90pts
5.º - Jinlin Guan (China) --- 65.77pts
6.º - Nan Song (China) --- 65.75pts
7.º - Florent Amodio (França) --- 60.13pts
8.º - Chefik Besseghier (França) --- 58.28pts
9.º - Tomas Verner (Rep. Checa) --- 57.40pts
Análise
O programa curto na categoria de individuais masculinos deixou um travo amargo pois muitos atletas não conseguiram estar ao nível a que já nos tinham habituado e cometeram vários erros.O norte-americano Jeremy Abbott está em primeiro lugar com toda a justiça. O programa é excelente e ele patinou-o bem. Adorei o conceito, a escolha da música e a roupa. As classificações que Jeremy obteve nos componentes do programa situaram-se entre 7.26 e 8.29. Quanto aos saltos, Jeremy realizou com sucesso uma combinação de triplo flip com triplo toe loop, um triplo axel e um triplo lutz. A sequência de passos foi de nível 2, dois peões foram de nível 3 e outro peão foi de nível 4. O único elemento em que os juízes consideraram que o grau de execução foi negativo foi no primeiro peão do esquema. No geral, este é daqueles programas a que podemos assistir sem estar a pensar exclusivamente no lado técnico pois Jeremy é um entertainer.
Takahito Mura ficou em segundo lugar no programa e é mais um patinador japonês na luta pela medalhas neste circuito do grande prémio, onde o país do sol nascente tem conseguido colocar sempre patinadores seus em evidência. O esquema foi iniciado com uma combinação de quadruplo toe loop com triplo toe loop mas o grau de execução foi negativo, sendo que os juízes acharam que faltava cerca de 1/4 de volta no segundo salto para que a terceira rotação fosse efectivamente completa. O triplo axel foi realizado com grande sucesso e foi o elemento estrela do programa. No triplo lutz isolado, Mura teve um ligeiro problema na recepção do salto e foi penalizado com grau de execução negativo. Ele teve dois peões de nível 3 e o peão de combinação foi de nível 4. A sequência de passos foi de nível 3 e os componentes oscilaram entre 6.79 e 7.21.
O francês Brian Joubert nunca pode ser descartado e mais uma vez provou isso. Depois de ter sido forçado a desistir na Taça da China eis que reaparece no Troféu Eric Bompard em condições de discutir uma medalha. O programa curto foi iniciado com uma boa combinação de quadruplo toe loop com duplo toe loop que lhe rendeu logo 11.31pts. No triplo lutz não teve grandes problemas mas no triplo axel não conseguiu segurar a saída. Os componentes do programa situaram-se entre 6.86 e 7.61. De resto esta performance já nos mostrou um Joubert mais próximo daquilo que o vimos fazer no passado.
Mas se Joubert parece ter sete vidas o mesmo não se pode dizer de Tomas Verner. O antigo campeão europeu Verner parece uma sombra de si próprio com erros em todos os elementos de saltos e sem aquela garra e aquele fogo artistico que o tornou famoso. Alguns atletas têm erros técnicos no programa mas tentam ir buscar o máximo que conseguem nos componentes para compensar um pouco a perda de pontos na primeira nota. ComVerner isso nem sequer está a acontecer. Nem parece ele!
Florent Amodio tem um bom programa curto mas as coisas não resultaram bem. Ele caiu no quadruplo salchow e no triplo axel e apenas fez um duplo lutz não tendo realizado qualquer combinação.
Fiquei contente de saber que Nan Song conseguiu recuperar a tempo do problema que teve durante a Taça da China (colisão com Adam Rippon). Claro que Song não esteve ao seu melhor nível pois foi um pouco lento na pista e parecia que estava cauteloso. No entanto é compreensível que assim tenha acontecido depois de ele ter ficado uns dias sem poder treinar.
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